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FORMAS DE VÍDEO, COMO IPTV, VÍDEO ON-DEMAND CAUSARAM EXPLOSÃO NO DO TRÁFEGO DE DADOS


 
 
Há vários anos que a Cisco, responsável pelo levantamento do VNI (Visual Networking Index), o principal levantamento global sobre o comportamento do tráfego de dados nas redes de Internet, aponta o vídeo como a grande causa do crescimento do tráfego. No mais recente balanço, apresentado nesta quarta, 11, e que estima o desempenho das redes até 2018,  aparecem pela primeira vez detalhadas as análises sobre o tráfego de vídeo referentes a conteúdos em ultra alta definição (UHD) e TVs conectadas.

No Brasil, o vídeo por IP (soma de todas as formas de vídeo, como IPTV, vídeo on-demand, Internet e compartilhamento peer-to-peer) terá crescimento de três vezes, CAGR de 26%, atingindo 3,2 Exabytes por mês (contra 1 Exabyte por mês). Com isso, o consumo de vídeo em IP se tornará 82% de todo o tráfego IP no País em 2018, contra 64% em 2013. A maioria desse vídeo será ainda em definição padrão (SD), com 53,6% (contra 84,4% em 2013), mas haverá forte crescimento (58,1% CAGR) de vídeos em HD, totalizando 41,6% de todo o tráfego de vídeo IP em 2018 (era 13,4%). Ainda tímido, mas com CAGR de 326,9%, o tráfego de vídeo Ultra HD terá 2,7% de participação.

O consumo de vídeos de Internet (incluindo todos os over-the-top [OTT] como Netflix e YouTube) aumentará três vezes no período de cinco anos do estudo da Cisco, CAGR de 25%, atingindo um tráfego mensal de 2,8 Exabytes, contra 924 Petabytes por mês em 2013. O tráfego total de vídeo, combinando a área corporativa e de consumidor final, será 81% de todo o tráfego de Internet em 2018, contra 63% em 2013. A maioria dos vídeos será em SD (58,6%), enquanto os conteúdos em HD serão de 39,3% e em Ultra HD serão 2,2%. Serão 114 bilhões de minutos de conteúdo de vídeo transitando pelas redes brasileiras a cada mês em 2018.

A Cisco considera ainda que o tráfego de Internet-Video-to-TV (serviço de vídeo por streaming conectado à TVs por meio de set-top box, videogames ou smart TVs) crescerá dez vezes no período, chegando a 7% de participação em todo o tráfego para consumidor final no Brasil. Os vídeos longos, como filmes e seriados, serão 63,7% do tráfego no País em 2018, contra 43,4% em 2013.
Em vídeo on-demand (VOD), o Ultra HD não teve participação no ano passado, mas chegará a 8% de todo o tráfego de VOD em 2018. Os vídeos em HD serão 71% (contra 27,1% em 2013) e os conteúdos em SD serão 20,9% (contra 72,9%).

O levantamento da Cisco aponta que em 2018 haverá 20% dos receptores de TV no mundo conectadas e recebendo conteúdos em 4k (ultra alta definição). No Brasil, o conteúdo UHD representará 2,8% do tráfego, enquanto o conteúod HD representará 43% do tráfego.

Na topologia de tráfego e redes de entrega de conteúdo (CDN), 30% de todo o tráfego IP será de redes metro em 2018, contra 17% em 2013, um CAGR de 34% (contra 16% de CAGR de tráfego de core de rede). A previsão é que 24% de todo o tráfego de Internet passe por CDNs em 2018, contra 14% em 2013.
Esses elementos serão fundamentais para atender à grande demanda de vídeo na América Latina. De acordo com a Cisco,o vídeo será 81% (soma de 10% de vídeo on-demand) e 71% de Internet video) de todo o tráfego IP, na região crescendo mais de 2,5 vezes no período.

Banda larga

Para sustentar esse consumo de vídeo OTT, a velocidade média de banda larga no Brasil crescerá 2,5 vezes em cinco anos, saindo de 6,8 Mbps para 17 Mbps. A grande maioria (71%) será de conexões acima de 5 Mbps, contra 44% em 2013. Mesmo acessos acima de 10 Mbps serão 43% (contra 27%), e as conexões acima de 50 Mbps serão 6,1% (contra 2,7%) no período. A velocidade de conexão móvel média dobrará no período, atingindo 1,177 Mbps em 2018.

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