Coluna do Alipio Jr. #48: Casa da Mãe Joana 23/06/2015

Colunista comenta os últimos acontecimentos no FOX Sports

O termo “Casa da Mãe Joana” originou-se na Idade Média, segundo o Wikipédia, quando Joana I de Nápoles regulamentou os bordéis, dizendo que seriam lugares onde todos poderiam entrar e fazer o que bem entendessem. E após muitos anos, o termo ainda existe no Brasil, como um local onde impera a desordem, a desorganização e cada um faz o que bem entende.

Mais ou menos como é a FOX SPORTS.

Um olhar atento sobre o canal ou sobre as notícias que o circulam, deixa claro que se você gosta de discutir no bar, entre o pôquer e copos de bebida, se sentirá em casa. Se na sua discussão prevalece o que fala mais alto, aqui é a sua casa, sem pestanejar, pois, a impressão clara que deixa é: Não há um diretor de programação, o apresentador vive perdido e os comentaristas apesar da experiência, comportam-se como participantes do Programa do Ratinho, em meio ao teste de paternidade.

Nesta semana, houve o anúncio de que o “A Última Palavra” do Renato Maurício Prado deixaria de ser ao vivo, perdendo a interatividade e a espontaneidade, para ser gravado, por causa das reações destemperadas de seu comandante, espinafrando tudo e todos por causa dos erros técnicos. Em um dos casos, ele chega a dizer que pareciam o “Centra Fox”. Fogo amigo?

Por falar neste, o áudio disponível no YouTube mostra claramente a má vontade de José Ilan no comando do “Central Fox” proferindo impropérios e referindo-se a matérias como excremento. Falta de profissionalismo contumaz.

Seus programas vespertinos não são muito diferentes. O mais importante deles, que faz a passagem para a programação noturna, o “Expediente Futebol” então, é pior que um programa de rádio, com todo respeito a informalidade que o rádio costuma ter em sua grade.

Num dia, os convidados discutiam asperamente entre si, berrando a plenos pulmões suas opiniões, todos ao mesmo tempo (e eram cinco!) e no meio disso, o pobre apresentador João Guilherme tentava acalmá-los e controlar a balbúrdia toda e enquanto isso, a pobreza do assunto imperava.

Vi discutirem sobre a suspensão do Vidal, comparando com a mesma pelo Neymar e dizendo que o futebol deveria ser exemplo para a nossa sociedade, pude acompanhar in loco o round entre Eugênio Leal e Eurico Miranda (áudio disponível no site do programa) e fiquei sensibilizado com o PVC e a maneira rude com que um ou dois convidados responderam aos seus comentários. Sou capaz de afirmar que se em alguns momentos PVC deve pensar: “Será que o dinheiro que recebo, vale a pena para essa pobreza de discussão?”

A verdade é que se o canal quer ser levado a sério e evoluir, precisa perder esse jeito de Cidade Alerta, como se o Comandante Hamilton fosse ser chamado a qualquer momento. A direção de programação precisa ser enérgica para intervir, serenar os ânimos e assim permitir que a discussão seja enriquecida e o canal, que possui boa programação, seja valorizado. Casa da Mãe Joana como está é que não pode ficar.